quinta-feira, 5 de abril de 2012

Submissão

Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha (Gn 22:9)

Ontem escrevi sobre a dor de Abraão e da sua cega obediência a Deus. Hoje vamos olhar com novos olhos para Isaque: o filho da promessa.
Isaque nasceu quando, biológicamente, Abraão e Sara não tinham mais possibilidades de ter filhos, já perto dos 100 anos. Ou seja, ele já havia sido escolhido por Deus para nascer de Sara, custasse o que custasse.
Com cerca de 20 anos, Isaque foi levado por Abraão até o Monte Moriá onde, sem motivo aparente, foi amarrado e deitado num altar de sacrifício que ele mesmo tinha ajudado a erigir. E o pior foi saber que ele seria sacrificado por seu próprio pai.
Para um rapaz de 20 anos seria fácil imobilizar seu pai, sair correndo do local e se esconder. Estou errada? Não me parece.
E, para surpresa não lemos em nenhum versívulo a menção de Isaque em se esquivar ao se aperceber que ele seria o cordeiro. Vemos aqui que Isaque se submeteu a seu pai, Abraão. Não o questionou, simplesmente obedeceu: Confiança.
Aqui é possível ver um paralelo entre Isaque e Jesus Cristo. Assim como Isaque, Jesus poderia ter se esquivado da humilhação e da crucificação, mas como um cordeiro ele se manteve calado e deixou-se imolar, para que todo aquele que nele cresse tivesse vida eterna: Salvação.
Jesus também obedeceu ao Pai. Deixou a Sua glória, fez-se homem como nós, desceu do Seu trono, para subir em uma cruz, trocou Sua coroa, por uma de espinhos, se esvaziou e venceu a morte.
Pois importa obedecer áquele que tudo criou. Submissão, além de obediência, significa liberdade: liberdade de escolha.

Que nesta época tenhamos a certeza de que Deus se fez homem, vivenciou as nossas dores e deu a sua vida para que saibamos que temos um lugar preparado lá em cima, junto com o Pai. Amén!

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