Levanta-te, clama de noite no princípio das vigias; derrama o teu coração como águas diante da presença do Senhor... (Lamentações 2:19)
Hoje eu só quero orar questionando Deus. Não questionar a Sua soberania ou majestade, até porque esses atributos e até mesmo a Sua própria existência são inquestionáveis. Mas o caminho que a humanidade/sociedade vai seguindo me preocupa, pois vejo a miséria, a crueldade, a hipocrisia e a falta de amor imperando pelo nosso pequeno mundo. E vejo esses "desvios de personalidade" penetrando nas nossas igrejas e pregando em nossos púlpitos, desviando ovelhas que querem ir para o céu, mas que acabam no covil, que acabam perecendo, cegas pela ignorância e manipulação. Mas não posso deixar de Te questionar, Deus... a minha alma clama por respostas. Tu conheces o meu coração e sabes que não tenho sido propensa a murmúrios e que não aspiro ser Deus, mas tu me deste o direito de Te questionar, não na qualidade de serva, mas na de filha.
Ás vezes eu me pergunto onde estás? Por onde tens andado, Pai?
Me questiono porque o mundo é como é. Não poderia ser melhor? Todas
essas guerras e misérias humanas são consequência do nosso pecado?
Consequência da nossa iniquidade?
A
oração dos justo pode muito em seus efeitos. Será? Então porque o mundo
não se transforma num lugar mais aprazível? Mais belo, com menos coisas
que nos afligem e nos atingem de forma tão intensa...
- Deus, porque vivemos num mundo cheio de guerras?
- Deus, porque somos fadados a ser mal compreendidos pelo próximo?
- Deus, porque é necessário vivermos experiências tão traumatizantes ao ponto de nos deixar marcas tão profundas?
- Deus, até onde vai chegar a crueldade humana?
- Deus, quando isso tudo vai terminar?
- Deus, até quando vou conseguir relevar o mal e retribuir com o bem?
- Deus, até quando a humanidade vai deixar de se questionar com a tua (in)existência?
- Deus, até onde a cobiça e vaidade vai levar a humanidade?
- Deus, porqu eé tudo tão difícil?
- Pai, porque muitas vezes eu te perco de vista e me sinto sozinha?
- Pai, quando vou aprender que confiar em ti e deixar tudo nas tuas mãos é a melhor solução?
- Pai, quando é que eu vou parar de colocar coisas menos relevantes na Tua frente?
- Pai, até quando o meu coração vai continuar se lembrando de um pecado passado?
- Pai, até quando eu vou aceitar e acreditar, com veemência, que Jesus Cristo morreu na cruz por minha causa? E que eu estava lá também.
- Pai, até quando vou parar de me questionar e de Te questionar, e aceitar somente que "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Ti"?
Não sei os Teus propósitos, Pai, mas acredito firmemente que nada é por acaso, nada é coincidência. E assim como os Teus atributos e a Tua existência são inquestionáveis, assim também creio que a vitória do Teu povo, da Tua criação, seja inquestionável.
Amém!
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